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9º Mutirão contra dengue visita 2,1 mil imóveis e retira 373 toneladas de resíduos

Agentes de saúde visitaram 2,1 mil imóveis durante o 9º mutirão realizado pela Prefeitura de Campinas em 2024 contra a dengue. A ação ocorreu em dez regiões da cidade no sábado, 30 de março, e recolheu 373 toneladas de resíduos durante os trabalhos para limpeza e eliminação de possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti, vetor da doença.

Os bairros percorridos foram: Vila 31 de Março, Parque Brasília, Vila Lafayette Álvaro, Jardim Boa Esperança, Vila Tofanello, Jardim Madalena, Jardim Conceição, Jardim Líria, Parque Imperador e Jardim Flamboyant.

Nesta última ação foram visitados 2.128 imóveis e metade foi trabalhada com remoção de criadouros do mosquito transmissor e orientação dos moradores. Já a outra parte estava inacessível por estar fechada, desocupada ou em virtude do impedimento dos moradores.

Considerando-se todos os mutirões de 2024, 37,5 mil imóveis já foram visitados. De 1º de janeiro até esta segunda-feira, 1º de abril, Campinas teve 35.289 casos confirmados de dengue e quatro mortes. O município está em epidemia, declarou emergência em 7 de março, e a transmissão do vírus ocorre neste momento em todas as regiões.

Antes disso, Campinas promoveu outros oito mutirões, incluindo o 1º da Região Metropolitana (RMC), e participou do Dia D Estadual contra a doença.

Como foi o mutirão?

O mutirão de sábado reuniu voluntários e agentes da Saúde, incluindo os trabalhadores da empresa terceirizada Impacto Controle de Pragas, que atuam nas visitas aos imóveis para orientação dos moradores sobre como fazer a limpeza correta e eliminação de criadouros.

Além disso, funcionários de Serviços Públicos atuaram para remoção de 373 toneladas de resíduos, incluindo cata-treco. Foram limpas 37 bocas de lobo durante o trabalho.

A Administração repetiu a estratégia de usar drones para localizar grandes criadouros do Aedes aegypti como piscinas e caixas d’água em imóveis identificados como desocupados ou em situação de abandono. O trabalho foi multissetorial e contou com apoio de profissionais das secretarias de Habitação, Educação, Gestão de Pessoas, Assistência Social e Trabalho e Renda, além da Guarda, Defesa Civil, Sanasa, Emdec, Ouvidoria e Ceasa.

Orientações sobre assistência

A pessoa que tiver febre deve procurar um centro de saúde imediatamente para diagnóstico clínico. Portanto, a Saúde faz um apelo para que a população não banalize os sintomas e também não realize automedicação, o que pode comprometer a avaliação médica, tratamento e recuperação. Já quem estiver com suspeita de dengue ou doença confirmada e apresentar sinais de tontura, dor abdominal muito forte, vômitos repetidos, suor frio ou sangramentos deve buscar o quanto antes por auxílio em pronto-socorro ou em UPA.

O que já foi feito

Desde dezembro de 2023 a Secretaria de Saúde já colocou em prática uma série de medidas consideradas adicionais, sobre o planejamento regular de prevenção e combate à dengue, que inclusive começaram a ser copiadas por outros municípios diante do contexto do aumento de casos da doença. O plano inclui Sala de Situação para análise sistemática, reorganização da rede municipal de saúde e novo site para divulgar informações.

A Prefeitura realizou neste ano nove mutirões, incluindo um regional, onde visitou pelo menos 37,5 mil imóveis para orientar a população e retirar criadouros do mosquito. Contudo, em cada ação, quase metade dos espaços é achada inacessível pelos agentes por estarem fechados, desocupados ou em virtude de impedimento dos moradores.

A Administração passou a usar a estratégia de utilização de drones para localizar grandes criadouros do Aedes aegypti como piscinas e caixas d’água em imóveis identificados como desocupados ou em situação de abandono. Com isso, chaveiros podem ser acionados e esta medida está respaldada em decisão judicial de 2020, proferida nos autos do processo judicial n.º 1005810-97.2014.8.26.0114, da 1ª Vara da Fazenda Pública de Campinas.

Outra novidade é o uso de inteligência artificial para ampliar o monitoramento e assistência em saúde aos pacientes com dengue. Toda pessoa diagnosticada ou com suspeita da doença, após atendimento no SUS Municipal, recebe via WhatsApp mensagem disparada pelo chatbot que auxilia a Pasta a acompanhar as condições do paciente. Caso necessário, é feita nova orientação sobre busca por atendimento.

A Prefeitura criou ainda o Grupo de Resposta Unificada (GRU), que envolve todas as áreas com objetivo de agilizar respostas e fiscalizações sobre as denúncias que tratam de criadouros. A primeira ação ocorreu em 28 de março, nos bairros Bonfim e Chapadão.

Ações de 2024 em números – atualização até 25 de março

  • Controle de criadouros: 254,3 mil imóveis visitados
  • Nebulização costal: 37,7 mil imóveis visitados
  • Nebulização veicular: cobertura de 37,4 mil imóveis
  • Busca ativa + controle de criadouros: 49 mil imóveis visitados
  • Avaliação de densidade larvária realizada por agente comunitário de saúde: 27,1 mil imóveis visitados
  • Avaliação de densidade larvária feita por agente de apoio ao controle ambiental: 1,6 mil imóveis visitados
  • Pontos estratégicos e imóveis especiais: 1,3 mil imóveis visitados

Estatísticas do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) mostram que 80% dos criadouros do mosquito Aedes aegypti, vetor da doença, estão nas residências. Portanto, o enfrentamento à epidemia exige esforço compartilhado entre Poder Público e população para eliminar qualquer espaço com água que possa ser usado pelo inseto para proliferação.

Comitê de prevenção

A Prefeitura conta com um comitê de prevenção e controle de arboviroses desde 2015, que em 2023 passou a se chamar Comitê Municipal de Enfrentamento das Arboviroses e Zoonoses. Ele reúne 14 secretarias: Governo; Saúde; Educação; Serviços Públicos, Clima, Meio Ambiente e Sustentabilidade; Gestão e Desenvolvimento de Pessoas; Administração; Comunicação; Trabalho e Renda; Esportes e Lazer; Cultura e Turismo; Habitação; Relações Institucionais, e Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos. Também participam Defesa Civil, Serviço 156, Rede Mário Gatti, Setec e Sanasa. No comitê é discutida a situação epidemiológica da cidade e, com isso, são desencadeadas as ações intersetoriais e apoio para as ações da Secretaria de Saúde. Mais informações estão no site: https://dengue.campinas.sp.gov.br.

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