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Campinas: janeiro teve alto volume de chuvas em curto espaço de tempo

alto volume de chuvas em curto espaço de tempo

O mês de janeiro em Campinas foi marcado por um alto volume de chuvas em curto espaço de tempo. Isso levou aos eventos que causaram danos à cidade e para os quais serão necessárias obras de recuperação, conforme explicado nesta terça-feira, 31 de janeiro, pelo prefeito Dário Saadi e pelos secretários municipais de Infraestrutura, Carlos Barreiro, e Serviços Públicos, Ernesto Paulella. Para contextualizar essas condições, a meteorologista e pesquisadora do Cepagri (Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura), Ana Maria Avila, participou da apresentação na Prefeitura. Segundo ela, o mês se destaca não pelo total de chuvas (354 mm) mas pelo volume concentrado em alguns eventos específicos.

A afirmação da pesquisadora foi exemplificada por evento ocorrido no dia 19/01. Em apenas 10 minutos, entre 17h50 e 18h, choveu 34,8 mm, “o que significa colocar 34,8 litros de água em apenas um metro quadrado”, disse Ana. No mesmo dia, das 18h às 18h10, o volume subiu para 61,6 mm. “É muita chuva concentrada em um curto espaço de tempo”, segundo ela, o que causa impacto em regiões urbanas, como o que foi visto em Campinas.

A meteorologista explicou ainda que em 4 de janeiro, as chuvas foram causadas por fenômenos de verão. A chamada Zona de Convergência do Atlântico Sul atuou fortemente. Já na segunda quinzena de janeiro, as nuvens estavam mais isoladas, mas muito profundas, capazes de produzirem chuvas intensas, tempestade com vento e granizo. “Hoje estamos com condições favoráveis para chuvas nos próximos dias. O Cepagri destaca a possibilidade de novos eventos severos pelo menos nas próximas 72 horas”, destacou.

As chuvas do mês de janeiro também levaram a um recorde no número de ocorrências registradas pela Defesa Civil na cidade. De acordo com o coordenador regional e diretor do Departamento de Defesa Civil de Campinas, Sidnei Furtado, foram 1.578 de 1º de janeiro até agora, com predominância dos alagamentos, principalmente em vielas sanitárias. “Nossa média é de 600 ocorrências. É um número muito expressivo. A cidade tem uma estrutura muito forte ou teríamos tido uma situação muito mais difícil”, pontuou.

A situação extrema a que o município passou compara-se, conforme o diretor da Defesa Civil, ao que foi vivido pela cidade em 2003, há 20 anos, última vez em que havia sido decretado estado de emergência por chuvas.

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