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Campinas receberá R$ 1,2 mi para ações ambientais

A Área de Proteção Ambiental (APA Campinas) terá R$1,2 milhão para aplicar em ações ambientais. O recurso virá da Corporação Andina de Fomento (CAF), agente que está financiando a construção da barragem no Rio Jaguari, na divisa de Campinas com Pedreira. O investimento na APA, informou o secretário do Verde, Rogério Menezes, foi uma exigência do banco para aprovar o financiamento da barragem para o governo do Estado.

Segundo Menezes, o convênio com o Departamento de Água e Energia Elétrica (Daee), executor da obra, está em vias de ser assinado. O recurso, informou, será utilizado em ações ambientais, como passagem de fauna, monitoramento da fauna, instalação de câmeras (armadilhas fotográficas) e sinalização da APA. Também haverá investimentos em formação de brigada de combate a incêndios, e em programa de educação e comunicação, com cursos abertos à sociedade. “As ações foram previamente debatidas como o Congeapa”, afirmou.

Além desse recurso, a APA Campinas deverá receber mais R$ 1 milhão a título de compensação pelos danos ambientais causados pela implantação da represa. De acordo com o secretário, o pedido será pleiteado junto à Câmara de Compensação do Estado. Os técnicos da Secretaria, segundo ele, estão iniciando o plano de trabalho.

A represa está sendo construída, mas há muita polêmica em torno de sua implantação. Os planos de segurança e de emergência da barragem, cobrados por vereadores, prefeito e moradores, ainda não têm prazo para serem apresentados à Defesa Civil e à população. Segundo o Daee, os planos preliminares estão concluídos e em fase de revisão, mas ainda não há uma data definida para serem levados a debate. A previsão é que o enchimento da barragem comece em julho de 2021.

O Daee já plantou 90 mil novas mudas de 126 espécies diferentes no entorno da Barragem Pedreira, que está em construção desde janeiro do ano passado. A área beneficiada tem 214 hectares, o que equivale a 231 campos de futebol. No total, 405 hectares receberão novas mudas, o equivalente a 437 campos de futebol. O Daee está preparando o plantio dos 191 hectares restantes.

Além da reposição de vegetação, obrigação legal prevista no licenciamento ambiental, o reflorestamento vai promover o enriquecimento de uma região já bastante degradada pela ação do homem.

O corredor ecológico ao redor da barragem, segundo o departamento, tem a função ambiental de preservar recursos hídricos, paisagens, estabilidade geológica, biodiversidade, favorecendo a transferência de genes de uma população para outra, a colonização ou recolonização de fauna e flora, proteção do solo e também assegurar o bem-estar da população local.

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