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Nossa Cidade

Dengue: novo boletim tem 20 áreas com alto potencial de transmissão da doença

A Secretaria de Saúde de Campinas divulgou nesta segunda-feira, 5 de fevereiro, um novo boletim semanal sobre a dengue com 20 áreas em alerta para a doença em virtude do alto potencial de transmissão. Os bairros foram selecionados em virtude dos casos confirmados ou suspeitos nos últimos sete dias e o objetivo é mobilizar a população para mais cuidados.  
 
O comunicado Alerta Dengue é o 51º emitido pela Prefeitura desde que a ferramenta foi implementada como estratégia de enfrentamento às arboviroses. Ele reúne nesta edição:
 
 
– Centro, Jardim Guanabara, Jardim Novo Flamboyant e Vila Estanislau (Leste)
– Conjunto Habitacional Edivaldo Antônio Orsi, Jardim Francisca, Parque Santa Bárbara e Real Parque (Norte)
– Jardim do Lago, Jardim Fernanda e Jardim Irmãos Sigrist (Sul)
– Jardim Antônio Von Zuben, Jardim Leonor, Jardim Sorirama, Núcleo Residencial Paranapanema e Vila Santana (Suleste)
– Cidade Satélite Íris (Noroeste)
– Eldorado dos Carajás, Jardim Adhemar de Barros e Jardim Planalto de Viracopos (Sudoeste)
 
 
O Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) destacou que bairros indicados em boletins anteriores, assim como demais regiões de Campinas, precisam intensificar medidas preventivas, sobretudo combate aos criadouros do mosquito vetor da doença. 
 
A divulgação do boletim ocorre em meio ao número expressivo de casos. Desde 1º de janeiro foram registrados 1.679 infectados e nenhum óbito, enquanto em 2023 houve 11.422 casos e três vidas perdidas. Os dados foram atualizados até 2 de fevereiro.
 
 
Operação de guerra
 
Neste ano, a Prefeitura já realizou quatro mutirões como parte de uma operação de guerra para prevenção e combate à dengue na cidade. O mais recente ocorreu no sábado, 3 de fevereiro, e percorreu imóveis em sete áreas: Jardim Paulicéia e trechos dos jardins Anchieta, Campos Elíseos, Londres, Nova Morada, Roseira e Vila Castelo Branco.
 
O balanço deste trabalho deve ser divulgado ainda nesta segunda-feira.
 
Ao longo de janeiro, a Saúde visitou 8,8 mil imóveis, mas 4.518 (50,8%) deixaram de ser acessados porque os espaços estavam fechados, desocupados e por conta das recusas de moradores às equipes que realizam visitas para tentar eliminar possíveis criadouros.
 
Durante aquele mês, a Secretaria de Serviços Públicos recolheu 88,2 toneladas de materiais descartados irregularmente em áreas públicas. As áreas dos três primeiros mutirões foram: Jardim Santo Antônio, DICs 3, 4 e 5, trechos do DIC 6, Jardim Rosalina e Jardim Santos Dumont, Jardim Eulina, Jardim Quarto Centenário, Bonfim e Castelo.
 
Com objetivo de aprimorar os resultados, a Administração passou a usar drones para tentar identificar grandes criadouros do Aedes aegypti, como piscinas e caixas d’água em imóveis fechados ou abandonados. Além disso, se necessário, a ação pode contar com trabalhos de chaveiros e a operação está respaldada em decisão judicial de 2020, proferida nos autos do processo n.º 1005810-97.2014.8.26.0114, da 1ª Vara da Fazenda Pública de Campinas.
 
 
Pacote de ações
 
Em 19 de dezembro de 2023, o prefeito, Dário Saadi, já havia anunciado um pacote de ações contra a dengue que inclui uma Sala de Situação para análise sistemática, reorganização da rede municipal de saúde e um novo site para divulgar informações. 
 
O cenário pode piorar se houver reintrodução dos vírus tipos 3 e 4, não registrados localmente desde 2009 e 2014, respectivamente, mas que já causaram infecções em outros municípios. Desta forma, os grupos mais vulneráveis são crianças, adolescentes e adultos que não tiveram contato com a doença antes. Há risco maior de dengue grave quando uma pessoa é infectada por tipo diferente ao anterior.
 
 
Combate à doença
 
A luta contra as arboviroses exige uma contrapartida da sociedade. A Prefeitura mantém um programa de controle e prevenção da doença, mas cada cidadão precisa colaborar destinando corretamente resíduos e evitando criadouros. Dados do Devisa mostram que 80% dos criadouros estão nas residências.
 
Para acabar com a proliferação do mosquito é preciso evitar qualquer acúmulo de água, principalmente em latas, pneus, pratos de plantas, lajes, calhas e outros objetos. É importante, também, vedar a caixa d’água e manter fechados vasos sanitários inutilizados.
 
 
Orientações sobre assistência
 
Caso o morador tenha febre e mais dois sintomas associados (dor de cabeça, dor no corpo, náusea, vômito, manchas no corpo, dor articular, dor atrás dos olhos), ele deve procurar um centro de saúde de Campinas para receber atendimento e orientações.
 
Por outro lado, se apresentar tontura, dor de barriga muito forte, vômitos repetidos, suor frio e sangramentos, a busca por auxílio deve ser feita em pronto-socorro ou em UPA.
 
 
Comitê de prevenção
 
Em 2015, a Prefeitura criou o Comitê de Prevenção e Controle das Arboviroses, que no ano anterior passou a se chamar Comitê Municipal de Enfrentamento das Arboviroses e Zoonoses.
 
O grupo reúne 14 secretarias: Governo; Saúde; Educação; Serviços Públicos; Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; Gestão e Desenvolvimento de Pessoas; Administração; Comunicação; Trabalho e Renda; Esportes e Lazer; Cultura e Turismo; Habitação; Relações Institucionais, e Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos. Também participam Defesa Civil, Serviço 156, Rede Mário Gatti, Setec e Sanasa.
 
No comitê é discutida a situação epidemiológica da cidade e, com isso, são desencadeadas as ações intersetoriais e apoio para as ações da Secretaria de Saúde. Mais informações estão no site: https://dengue.campinas.sp.gov.br.

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