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Nossa Cidade

Guerra contra dengue: em 1 mês, Saúde visita quase 10 mil imóveis em mutirões

A Secretaria de Saúde visitou 9.916 imóveis durante três mutirões para prevenção e combate à dengue no período de um mês. As ações ocorreram no período de 16 de dezembro a 12 de janeiro, e deste total 4.845, o equivalente 48,8%, foram acessados pelos agentes que atuam para orientar moradores e eliminar criadouros do mosquito transmissor.
 
As ações foram multissetoriais e resultaram na retirada de pelo menos 74,2 toneladas de resíduos e produtos descartados irregularmente em áreas públicos ou materiais que serviam ou ofereciam risco para possível proliferação do Aedes aegypti, vetor da doença
 
 
Mutirões em 1 mês
 
16/12/23 – Jardim Eulina: 4.027 imóveis visitados, com acesso em 1.698.
 
06/01/24 – Jardim Santo Antônio, DICs 3, 4 e 5, e trechos do DIC 6, Jardim Rosalina e Jardim Santos Dumont: 3.103 imóveis visitados, com acesso em 1.602. Total de 53 toneladas de materiais recolhidos.
 
11 e 12/01/24 – Jardim Eulina: 2.786 imóveis visitados, com acesso em 1.545. Total de 21,2 toneladas de materiais recolhidos
 
“É importante que a população abra cada vez mais suas portas para os agentes da Saúde e colaborem fazendo sua parte na eliminação semanal de focos de água parada e potenciais criadouros para o mosquito transmissor da dengue”, explicou o coordenador do Programa de Arboviroses, Fausto de Almeida Marinho Neto.
 
 
Agenda
 
O próximo mutirão está marcado para sábado, 20 de janeiro, e abrange quatro regiões. A nova iniciativa de guerra contra a doença ocorre no Jardim Eulina, Jardim Quarto Centenário, Bonfim e Castelo.
 
Este é o terceiro mutirão do ano e o trabalho reúne 12 equipes da Saúde: três delas focadas nos imóveis que ficaram inacessíveis no Eulina durante a ação feita em 11 e 12 de janeiro, enquanto as outras nove serão distribuídas entre os outros três bairros escolhidos. Os locais foram selecionados por causa do número de casos confirmados ou suspeitos de dengue nos últimos sete dias e o objetivo é mobilizar a população para mais cuidados.  
 
A Administração repete a estratégia de usar drones para localizar grandes criadouros do mosquito Aedes aegypti como piscinas e caixas d’água em imóveis identificados como desocupados ou em situação de abandono. Com isso, chaveiros podem ser acionados e esta medida está respaldada em decisão judicial de 2020, proferida nos autos do processo judicial n.º 1005810-97.2014.8.26.0114, da 1ª Vara da Fazenda Pública de Campinas.
 
No caso da Saúde há atuação de trabalhadores da empresa Impacto Controle de Pragas, que atuam nas visitas aos imóveis para orientação e eliminação de criadouros. Eles usam uniforme formado por camiseta branca, com logo da empresa, e calça na cor cinza. 
 
O mutirão será multisetorial e conta com apoio de profissionais da Secretaria de Serviços Públicos, Guarda, Defesa Civil, Sanasa e Emdec.
 
 
Bairros em alerta
 
A Saúde divulgou na segunda-feira, 15 de janeiro, um novo boletim semanal sobre a dengue com dez áreas em alerta para a doença em virtude do alto potencial de transmissão. O comunicado Alerta Dengue é o 48º emitido pela Prefeitura desde que a ferramenta foi implementada como estratégia de enfrentamento às arboviroses. Ele reúne:
 
Condomínio Parque da Hípica e Bairro das Palmeiras (Leste)
Cidade Universitária I e II, e Village (Norte)
Jardim Guarani (Suleste)
Conjunto Habitacional Chico Mendes, Residencial São José, Loteamento Residencial Rosário e Vila Aeroporto (Sudoeste)
 
O Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) destacou que bairros indicados em boletins anteriores, assim como demais regiões de Campinas, precisam intensificar medidas preventivas, sobretudo combate aos criadouros do mosquito transmissor da doença. 
 
 
Pacote de ações
 
Em 19 de dezembro de 2023, o prefeito, Dário Saadi, anunciou um pacote de ações contra a dengue que inclui uma Sala de Situação para análise sistemática, reorganização da rede municipal de saúde e um novo site para divulgar informações.
 
A cidade registrou no ano passado 11.177  casos e três óbitos pela doença – dados parciais até 17 de janeiro deste ano. O cenário pode piorar se houver reintrodução dos vírus tipos 3 e 4, não registrados localmente há 14 anos e nove anos, respectivamente, mas que já causaram infecções em outros municípios. Desta forma, os grupos mais vulneráveis são crianças, adolescentes e adultos que não tiveram contato com a doença antes.
 
Há risco de dengue grave quando uma pessoa é infectada por um tipo diferente ao anterior.
 
 
Combate à doença
 
A luta contra as arboviroses exige uma contrapartida da sociedade. A Prefeitura mantém um programa de controle e prevenção da doença, mas cada cidadão precisa colaborar destinando corretamente resíduos e evitando criadouros. Dados do Devisa mostram que 80% dos criadouros estão nas residências.
 
Para acabar com a proliferação do mosquito é preciso evitar qualquer acúmulo de água, principalmente em latas, pneus, pratos de plantas, lajes, calhas e outros objetos. É importante, também, vedar a caixa d’água e manter fechados vasos sanitários inutilizados.
 
 
Orientações sobre assistência
 
Caso o morador tenha febre e mais dois sintomas associados (dor de cabeça, dor no corpo, náusea, vômito, manchas no corpo, dor articular, dor atrás dos olhos), ele deve procurar um centro de saúde de Campinas para receber atendimento e orientações.
 
Por outro lado, se apresentar tontura, dor de barriga muito forte, vômitos repetidos, suor frio e sangramentos, a busca por auxílio deve ser feita em pronto-socorro ou em UPA.
 
 
Comitê de prevenção
 
Em 2015, a Prefeitura criou o Comitê de Prevenção e Controle das Arboviroses, que em 2023 passou a se chamar Comitê Municipal de Enfrentamento das Arboviroses e Zoonoses.
 
O grupo reúne 14 secretarias: Governo; Saúde; Educação; Serviços Públicos; Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; Gestão e Desenvolvimento de Pessoas; Administração; Comunicação; Trabalho e Renda; Esportes e Lazer; Cultura e Turismo; Habitação; Relações Institucionais, e Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos. Também participam Defesa Civil, Serviço 156, Rede Mário Gatti, Setec e Sanasa.
 
No comitê é discutida a situação epidemiológica da cidade e, com isso, são desencadeadas as ações intersetoriais e apoio para as ações da Secretaria de Saúde. Mais informações estão no site: https://dengue.campinas.sp.gov.br.

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