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Painéis solares fotovoltaicos na Fumec geram economia e energia limpa

Painéis solares fotovoltaicos na Fumec geram economia e energia limpa

Preocupação com o meio ambiente e austeridade nos gastos públicos foram os principais motivadores para a instalação dos painéis de energia solar fotovoltaica nas unidades da Fundação Municipal para Educação Comunitária (Fumec). Com operação iniciada em 2019, a Fundação tem hoje painéis solares fotovoltaicos nas regionais Leste, Sudoeste, Sul, almoxarifado e Centro de Educação Profissional de Campinas (CEPROCAMP) Unidade José Alves, com os quais, considerando 100% da sua capacidade, consegue-se suprir cerca de 70% da energia consumida na Fundação, gerando economia mesmo nas unidades em que não foi possível instalar o equipamento.

A energia solar fotovoltaica é a eletricidade obtida diretamente por placas solares que captam a luz do sol durante o dia e a transformam em energia elétrica. Uma das vantagens é que a produção desse tipo de energia pode ser feita tanto em grandes usinas solares quanto em micro e miniprojetos instalados pelos próprios consumidores.

O economista Lucas Gimenez Pavanello, gerente Administrativo e Financeiro da Fumec, explica que há locais em que não foi possível a colocação dos painéis, como a Fumec Sede e o Ceprocamp-Centro, por motivos técnicos, arquitetônicos ou de patrimônio histórico.  “Entretanto, utilizamos o excedente de energia de unidades que possuem o sistema fotovoltaico para obter desconto nos valores das nossas contas de energia elétrica”, acrescenta.

Créditos

A base legal que torna possível esse abatimento é a Resolução Normativa nº482/2012, revisada pela Resolução Normativa nº 687/2015, da Agência Nacional de Energia Elétrica Aneel, que criou o Sistema de Compensação de Energia Elétrica, permitindo que consumidores instalem pequenas usinas geradoras, como as de energia fotovoltaica. “Para ser atrativa do ponto de vista financeiro, a quantidade de energia gerada em uma unidade não precisa atender apenas a este local. Dessa forma, são emitidos créditos que podem ser compensados no valor da conta”, explica o economista, acrescentando: “Como as unidades pertencem a uma única Fundação, podemos utilizar os créditos excedentes em uma unidade para abater em outra unidade, como o Ceprocamp-Centro, por exemplo, que registra um consumo bastante alto por  possuir muitos alunos, distribuídos em vários turnos. Nesse prédio, por questões de patrimônio histórico e tombamento, não pudemos instalar as placas fotovoltaicas, mas conseguimos o benefício por meio do desconto proveniente dos créditos”.

Pavanello ressalta que, nos estudos realizados para a compra dos painéis, o retorno do investimento consegue ser recuperado a partir de sete anos. “Tempo excelente, considerada a vida útil do equipamento, que é de 25 anos”, completa. Segundo ele, os investimentos feitos desde 2019 totalizam pouco mais de R$729 mil e devem estar 100% recuperados ao longo dos próximos cinco anos.

O engenheiro Bruno Aramaki aponta algumas vantagens para a utilização das placas solares fotovoltaicas, entre as quais o baixo custo de manutenção. “Os painéis solares estão cada vez mais eficientes e com custos cada vez mais baixos”, argumenta. Orlando Klein, responsável pelo setor de Engenharia da Fumec, completa, defendendo que a energia fotovoltaica é uma energia limpa, obtida a partir de uma fonte inesgotável: o sol.

Sol a favor

O Brasil foi o primeiro país subdesenvolvido a fabricar células fotovoltaicas. Por estar próximo à Linha do Equador, uma região de alta incidência solar, o País reúne as condições ideais para a geração energética a partir da energia solar.

Além disso, é abundante em silício, matéria-prima usada para fabricação das células fotovoltaicas. Atualmente, o Brasil possui mais de 144 mil geradores de energia fotovoltaica.  O Brasil ultrapassou a marca de 25 gigawatts (GW) de potência de energia solar em fevereiro, conforme divulgado pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). O levantamento considera tanto as usinas solares de grande porte, como os sistemas de geração própria de energia em telhados, fachadas e pequenos terrenos. De acordo com Absolar, a energia solar já equivale a 11,6% da matriz elétrica do País.

Segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica , o setor gerou mais de 868,8 mil novos empregos no Brasil entre 2012 e 2023.

Atualmente, São Paulo é o Estado com maior capacidade de Geração Distribuída fotovoltaica instalada, com 2.800,3 MW; seguido por Minas Gerais, com 2.684,3 MW; e Rio Grande do Sul, com 2.145,4 MW. Atualmente, são 1.890.095 sistemas fotovoltaicos ligados à rede, o que contribuiu para que a produção de energia elétrica fotovoltaica batesse recordes, com uma potência instalada de 20.417,0 MW. Em 2022, o Brasil alcançou a 8ª posição no ranking mundial.

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