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Saúde confirma mais três mortes por dengue em Campinas

A Secretaria de Saúde confirmou mais três mortes por dengue em Campinas na tarde desta terça-feira, 23 de abril. As vítimas morreram entre 21 de março e 4 abril (confira os detalhes abaixo). Com isso, a cidade passa a contar, neste ano, com 14 óbitos em decorrência da doença. 

Entre 1º de janeiro e 23 de abril foram confirmados 61.791 casos de dengue em Campinas. Como em todas as situações de casos confirmados, as medidas preconizadas foram desencadeadas oportunamente na região. Foram realizados controle de criadouros, busca ativa de pessoas com sintomas e nebulização. 

Vítimas

  • Mulher, 73 anos, com comorbidades, moradora da área de abrangência do CS 31 de Março. Foi atendida na rede privada. Teve início dos sintomas em 10 de março e morreu 4 de abril. Foi confirmada infecção pelo sorotipo 1.
  • Homem, 99 anos, com comorbidades, morador da área de abrangência do CS Sousas. Foi atendido na rede privada. Teve início dos sintomas em 8 de março e morreu no dia 28 do mesmo mês. O sorotipo não foi identificado no exame.
  • Mulher, 50 anos, sem comorbidades, moradora da área de abrangência do CS DIC 3. Foi atendida na rede pública. Teve início dos sintomas em 18 de março e morreu em 21 de março. Foi confirmada infecção pelo sorotipo 2.

Orientações sobre assistência e alerta para idosos

A pessoa que tiver febre deve procurar um centro de saúde imediatamente para diagnóstico clínico. Portanto, a Saúde faz um apelo para que a população não banalize os sintomas e também não realize automedicação, o que pode comprometer a avaliação médica, tratamento e recuperação.

Já quem estiver com suspeita ou dengue confirmada e apresentar sinais de tontura, dor abdominal muito forte, vômitos repetidos, suor frio ou sangramentos deve buscar o quanto antes por auxílio em pronto-socorro ou em UPA.

A médica do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) Elda Motta reforça a importância da hidratação e da avaliação médica, principalmente para idosos, gestantes, crianças e pessoas que tenham comorbidades. “A dengue é uma doença que faz a pessoa desidratar mesmo quando não tem perdas aparentes, como vômito e diarreia, por isso, é preciso beber soro de reidratação oral e água para evitar complicações, além de procurar por atendimento médico para orientações. É importante que o paciente passe por avaliação clínica, tenha a pressão arterial medida e siga as recomendações recebidas. Lembrar que o volume de líquido que deve beber é grande, por volta de 60 ml por quilo de peso, e que alguns sinais de desidratação não são valorizados como apatia, irritabilidade, perda de apetite e perda de vontade de ingerir líquidos”, explicou.

O que já foi feito

Desde dezembro de 2023 a Secretaria de Saúde já colocou em prática uma série de medidas consideradas adicionais sobre o planejamento regular de prevenção e combate à dengue, que inclusive começaram a ser copiadas por outros municípios diante do contexto do aumento de casos da doença. O plano inclui Sala de Situação para análise sistemática, reorganização da rede municipal de saúde e novo site para divulgar informações.

A Prefeitura realizou neste ano 12 mutirões, incluindo um regional, onde visitou pelo menos 50,5 mil imóveis para orientar a população e retirar criadouros do mosquito. Contudo, em cada ação, quase metade dos espaços não é acessada pelos agentes por estarem fechados, desocupados ou em razão de impedimento dos moradores.

A Administração passou a usar a estratégia de utilização de drones para localizar grandes criadouros do Aedes aegypti como piscinas e caixas d’água em imóveis identificados como desocupados ou em situação de abandono. Com isso, chaveiros podem ser acionados e esta medida está respaldada em decisão judicial de 2020, proferida nos autos do processo judicial n.º 1005810-97.2014.8.26.0114, da 1ª Vara da Fazenda Pública de Campinas.

Outra novidade é o uso de inteligência artificial para ampliar o monitoramento e assistência em saúde aos pacientes com dengue. Toda pessoa diagnosticada ou com suspeita da doença, após atendimento no SUS Municipal, recebe via WhatsApp mensagem disparada pelo chatbot que auxilia a Pasta a acompanhar as condições do paciente. Caso necessário, é feita nova orientação sobre busca por atendimento.

A Prefeitura criou ainda o Grupo de Resposta Unificada (GRU), que envolve todas as áreas com objetivo de agilizar respostas e fiscalizações para denúncias que tratam de criadouros.

Ações em números – (atualização até 11/4)

  • Controle de criadouros: 336,9 mil imóveis visitados
  • Nebulização costal: 60,8 mil imóveis visitados
  • Nebulização veicular: cobertura de 33,1 mil imóveis
  • Busca ativa + controle de criadouros: 78,9 mil imóveis visitados
  • Avaliação de densidade larvária realizada por agente comunitário de saúde: 33,3 mil imóveis visitados
  • Avaliação de densidade larvária feita por agente de apoio ao controle ambiental: 1,7 mil imóveis visitados
  • Pontos estratégicos e imóveis especiais: 1,3 mil imóveis visitados

Comitê de prevenção

A Prefeitura conta com um comitê de prevenção e controle de arboviroses desde 2015, que em 2023 passou a se chamar Comitê Municipal de Enfrentamento das Arboviroses e Zoonoses. Ele reúne 14 secretarias: Governo; Saúde; Educação; Serviços Públicos, Clima, Meio Ambiente e Sustentabilidade; Gestão e Desenvolvimento de Pessoas; Administração; Comunicação; Trabalho e Renda; Esportes e Lazer; Cultura e Turismo; Habitação; Relações Institucionais, e Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos. Também participam Defesa Civil, Serviço 156, Rede Mário Gatti, Setec e Sanasa. No comitê é discutida a situação epidemiológica da cidade e, com isso, são desencadeadas as ações intersetoriais e apoio para as ações da Secretaria de Saúde. Mais informações estão no site: dengue.campinas.sp.gov.br.

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