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Simulado de atendimento a vítimas alerta para a prevenção de acidentes

Simulado de atendimento a vítimas alerta para a prevenção de acidentes

Excesso de velocidade, imprudência do pedestre e direção após o consumo de álcool. A combinação desses elementos foi o pano de fundo para a simulação de um acidente com 15 vítimas, sendo uma delas fatal. Para conscientizar os observadores, a cena teve elementos de dramatização – sangue fictício, gritos de socorro, sirenes e resgate aéreo.  

E, claro, a cena chamou a atenção de quem passou pela Avenida John Boyd Dunlop, próximo ao Shopping Parque das Bandeiras, na tarde desta terça-feira, 30 de maio. A ação simulou o atropelamento de pedestre por motociclista em alta velocidade, envolvendo outros dois veículos, sendo que um dos condutores estava alcoolizado. Os pedestres atravessam fora da faixa de travessia.  

O simulado de atendimento a vítimas de acidente de trânsito foi organizado pela Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) e pela Secretaria de Saúde, por meio do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa), no contexto do Movimento Maio Amarelo.  

“Nosso objetivo foi chamar a atenção da sociedade para os altos índices de mortos e feridos no trânsito. A simulação demonstra que a imprudência no trânsito, o desrespeito às normas e à sinalização podem custar vidas”, destacou o presidente da Emdec, Vinicius Riverete.   

Cerca de 30 profissionais simularam o atendimento, que incluiu os primeiros socorros, a estabilização das vítimas e o encaminhamento para as unidades hospitalares. Foram 10 viaturas envolvidas, do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de Campinas e de Sumaré; do Corpo de Bombeiros; do Grau Técnico Campinas: Administração, Enfermagem e Radiologia; e das concessionárias CCR Autoban e AB Colinas. O resgate também contou com um helicóptero Águia da Polícia Militar. Agentes da Emdec realizaram a operacionalização do trânsito.  

A representante do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa), da Secretaria Municipal de Saúde, Ana Paula Crivelaro Ferreira, destacou o sucesso da ação. “Cumprimos o objetivo de demonstrar toda a mobilização das equipes de atendimento e esforços necessários para o atendimento de um sinistro. O intuito maior é alcançar a mudança de comportamento e salvar vidas no trânsito.”  

As vítimas e as pessoas envolvidas no acionamento do resgate foram representadas por estudantes das Ligas do Trauma da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC). Mais de cem estudantes das duas universidades também assistiram à simulação.

Luiza Otero Almeida, que cursa enfermagem na Unicamp foi uma delas. “Achei bem impactante e uma forma de conscientizar a população, não só sobre a nossa responsabilidade no trânsito, mas também para demonstrar a importância de capacitar os profissionais envolvidos para agir nessas situações”, disse.  

O capitão comandante do 1º Subgrupamento de Bombeiros de Campinas, Luiz Fernando Marucci Baccin, ressaltou que “nesse tipo de ação, buscamos chamar a atenção sobre as consequências dos sinistros de trânsito e demonstrar o trabalho integrado das equipes de atendimento”.    

Para viabilizar a ação, houve bloqueio total da pista expressa da Avenida JBD, no sentido Centro-Bairro, ao longo da extensão do Shopping das Bandeiras. A via foi liberada por volta de 16h. O simulado também envolveu as secretarias municipais de Transportes (Setransp) e de Cooperação nos Assuntos de Segurança Pública; a Guarda Municipal; e a Rede Mário Gatti de Urgência, Emergência e Hospitalar. 

Fatores de risco  

Em 2022, os motociclistas representaram 47% (71) dos 151 óbitos no trânsito registrados em vias urbanas e rodovias. Os pedestres representaram 31,8% (48) dos óbitos, um pedestre morto a cada sete dias – um aumento de 17% em relação ao ano anterior.

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