Vila Bela e São Marcos conquistam a Taça das Favelas 2025 em finais emocionantes no Brinco de Ouro

A quinta edição da Taça das Favelas 2025 foi marcada por dois jogos intensos e repletos de emoção neste domingo, 6 de julho, no estádio Brinco de Ouro da Princesa, em Campinas. Com grande presença das torcidas e clima de celebração, o torneio consagrou os times Vila Bela (masculino) e São Marcos (feminino) como campeões. A cerimônia de premiação contou com a presença do prefeito de Campinas, Dário Saadi, e do vice-prefeito Wanderley Almeida, que entregaram os troféus aos vencedores.

“Essa competição é fantástica porque leva oportunidades reais para as comunidades de Campinas. O modelo de seleção nas favelas é inovador e as finais foram de altíssimo nível técnico. Parabéns aos atletas, comissões técnicas e organizadores por esse espetáculo de cidadania e talento”, comenta o prefeito de Campinas, Dário Saadi.

Vila Bela conquista o bicampeonato masculino

Na final masculina, o Vila Bela venceu o Padre Anchieta por 3 a 2, em uma partida bastante equilibrada. O time, que já havia vencido a edição anterior, conquistou o bicampeonato da Taça das Favelas, o maior torneio de futebol entre comunidades do mundo.

Os gols do Vila Bela foram marcados por Biel (duas vezes) e Paquetá, de pênalti. O Padre Anchieta, que chegou à sua primeira final na competição, descontou com Bahia e John.

Em 2024, o Vila Bela já havia levantado o troféu ao vencer o São Cristóvão por 1 a 0 e agora consolida sua hegemonia no futebol de base das periferias de Campinas.

São Marcos é tricampeão no feminino

Na final feminina, o São Marcos superou o Paranapanema por 2 a 1 e garantiu o tricampeonato da Taça das Favelas. A atacante Isa, ex-integrante da seleção brasileira, foi o grande destaque da partida ao marcar os dois gols da vitória.

“Essa foi a mesma final que tivemos em 2022. O São Marcos é um projeto social incrível e conquistar o tricampeonato é um reconhecimento desse trabalho. No masculino, o Vila Bela manteve sua força, enquanto o Padre Anchieta fez uma campanha histórica chegando à final pela primeira vez. Todos os projetos participantes são incríveis, com professores comprometidos com o desenvolvimento social e pessoal desses jovens”, destacou Michele Eugênio, presidente da CUFA (Central Única das Favelas) Campinas.

Campeonato vai além do futebol

A presidente da CUFA ressaltou também o papel social da competição. “A Taça das Favelas vai além do futebol. É um projeto social que oferece visibilidade para jovens da periferia. Muitos sonham em se tornar jogadores profissionais e, mesmo que poucos cheguem lá, a Taça serve como vitrine e estímulo. Ficamos muito felizes em proporcionar essa oportunidade”, afirmou.

Os atletas da categoria masculina têm entre 14 e 17 anos, enquanto na categoria feminina a participação começa aos 14 anos, sem limite de idade.

A Taça das Favelas  é organizada pela Central Única das Favelas com apoio da Prefeitura de Campinas e da EPTV. As finais tiveram transmissão ao vivo da EPTV, ampliando o alcance da competição.

Além dos troféus, medalhas e kits esportivos, os times campeões terão a oportunidade de representar Campinas nas fases estadual e nacional da Taça das Favelas. Os destaques individuais do torneio também podem ser convidados para testes em clubes profissionais, abrindo portas para uma possível carreira no futebol.