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Rede Mário Gatti aprimora atendimento a AVC para reduzir risco de sequelas

Implantado em abril no pronto-socorro do Hospital Municipal Dr. Mário Gatti, o atual protocolo gerenciado de atendimento ao paciente com acidente vascular cerebral (AVC) está agora em fase de implantação em todas as unidades de internação do hospital.

O protocolo estabelece os fluxos de atendimento e define metas de prazo a serem atingidas desde o momento em que o paciente chega ao hospital até a realização da trombólise, tratamento aplicado na fase aguda do AVC para restaurar o fluxo sanguíneo, reduzindo os danos e sequelas provocados pela patologia.

Nesta terça-feira, 25 de outubro, a Rede Mário Gatti de Urgência, Emergência e Hospitalar coordenou um simpósio, com a participação de profissionais que atuam na construção da linha de cuidados em Campinas, para fortalecer a viabilização dessa linha em todo o município desde a prevenção, intervenção eficaz e reabilitação nos casos necessários. Participaram profissionais da Unicamp, PUC-Campinas, da área de atenção primária e da Rede Mário Gatti.

“Por meio dessa união será possível fortalecer os vínculos institucionais no município, investindo empenhos comuns que beneficiam a linha de cuidados desses pacientes”, disse o presidente da Rede, Sérgio Bisogni.

O AVC é a segunda causa de morte no Brasil. Existem dois tipos de AVC, o isquêmico (AVCI) e o hemorrágico (AVCH). Os AVCI são cerca de 80 a 85% dos casos de AVC, enquanto o AVCH corresponde ao restante das ocorrências. No AVCI, há diminuição ou interrupção total do fluxo de sangue em uma artéria, levando à lesão frequentemente irreversível do tecido cerebral. No AVCH, o que ocorre é extravasamento de sangue para o tecido cerebral, devido à ruptura ou lesão da parede de uma artéria.

O protocolo instituído na Rede Mário estabelece em 60 minutos o tempo para a trombólise nos casos indicados, desde o momento em que o paciente chega ao hospital. Nesse período, ele passa pela triagem e classificação com a enfermagem, por avaliação médica, faz tomografia, o neurologista interpreta a tomografia e avalia se o paciente tem a indicação da trombólise.

O tempo para iniciar a trombólise intravenosa (janela terapêutica) para o acidente vascular cerebral isquêmico agudo é geralmente limitado a quatro horas e meia após o início dos sintomas. Profissionais das mais diversas áreas do Hospital Mário Gatti vêm passando por treinamento no protocolo para a agilidade no atendimento em cada uma das etapas.

O Complexo Hospital Prefeito Edivaldo Orsi (Hospital Ouro Verde), informou o presidente da Rede Mário Gatti, atende em média 1.200 pacientes com algum déficit neurológico de início recente, e o AVC é diagnosticado em cerca de 960 casos por ano e, destes, entre 70 e 90 são trombolisados. A unidade conta com dez leitos de AVC habilitados desde 2013, com taxa de ocupação sempre acima de 90%.

No Mário Gatti, a média anual de avaliações de pacientes com déficit neurológico no pronto-socorro é de 2.400 e a média de pacientes trombolisados é de 30 por ano. O hospital está em fase de habilitação de leitos para pacientes com AVC.

As unidades de pronto atendimento também recebem pacientes com suspeita de AVC que são estabilizados enquanto se acionam os serviços de apoio. De janeiro a setembro, as quatro unidades somaram 275 atendimentos. Nesse mesmo período, o Samu foi acionado 722, sendo 243 para transferência de pacientes das UPAs para os hospitais e 479 vezes pelo telefone 192.

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